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"É com muita alegria que a Comissão de Epidemiologia da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO) anuncia a realização do 12º Congresso Brasileiro de Epidemiologia. O evento acontecerá entre 23 e 27 de novembro de 2024, no Rio de Janeiro. Conhecida como “cidade maravilhosa”, o Rio continua encantando a todos que por aqui passam ao mesmo tempo que escancara os problemas de uma grande cidade brasileira, como a desigualdade social, a violência urbana, o risco ambiental, a insegurança alimentar, dentre tantos outros. É neste cenário complexo e desafiador, juntos e misturados, que pretendemos avançar na construção de um congresso inclusivo, ético, democrático, sustentável e inovador (...)"


Claudia Leite de Moraes e Enirtes Caetano

Presidentes do 12º Congresso Brasileiro de Epidemiologia



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É com muita alegria que a Comissão de Epidemiologia da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO) anuncia a realização do 12º Congresso Brasileiro de Epidemiologia. O evento acontecerá entre 23 e 27 de novembro de 2024, no Rio de Janeiro. Conhecida como “cidade maravilhosa”, o Rio continua encantando a todos que por aqui passam ao mesmo tempo que escancara os problemas de uma grande cidade brasileira, como a desigualdade social, a violência urbana, o risco ambiental, a insegurança alimentar, dentre tantos outros. É neste cenário complexo e desafiador, juntos e misturados, que pretendemos avançar na construção de um congresso inclusivo, ético, democrático, sustentável e inovador. Fortalecidos pela possibilidade de reconstrução do País em suas diversas frentes após um período de negacionismo científico em plena crise sanitária e social vivenciadas durante a pandemia de COVID-19, nossas universidades, instituições de pesquisa, secretarias de saúde, contando com o apoio do Ministério da Saúde, Organização Panamericana de Saúde e instituições de fomento, estamos à frente desta empreitada e convidamos vocês para estarem conosco.

Inspirados no tema “A epidemiologia e a complexidade dos desafios sanitários”, o congresso contará com cursos, conferências, mesas-redondas, palestras, apresentação de trabalhos científicos, reuniões de grupos de pesquisa, e apresentação da produção científica contemporânea da área, buscando revelar as fronteiras do conhecimento, identificar as necessidades futuras de pesquisa e de políticas públicas de saúde. Tais atividades serão distribuídas em oito eixos temáticos, quais sejam: Eixo 1 - Desafios e avanços teóricos e metodológicos; Eixo 2 - Emergências em saúde pública, questões climáticas globais e modelos de produção; Eixo 3 - Vigilância em saúde: inovação, informação e ação; Eixo 4 - Desafios na formação em epidemiologia; Eixo 5 - Sustentabilidade, disseminação e integridade em pesquisa; Eixo 6 - Abordagens inovadoras em estudos epidemiológicos com foco em problemas de saúde e grupos populacionais específico; Eixo 7 - Interfaces com a sociedade: informação, educação e comunicação em saúde; Eixo 8 - Determinação Social do Processo Saúde-Doença em contextos de vulnerabilidade ampliada.

Além da programação científica, a Comissão de Epidemiologia aproveitará a ocasião para lançar o V PLANO DIRETOR PARA O DESENVOLVIMENTO DA EPIDEMIOLOGIA NO BRASIL 2024-2028, que vem sendo construído a muitas mãos ao longo dos últimos anos. Como não podia deixar de ser, também estamos organizando uma agenda cultural deliciosa para embalar os fins de tarde e aqueles que quiserem ficar conosco mais uns diazinhos antes ou depois do congresso, além de medidas de sustentabilidade para tornar nossa prática mais alinhada com os desafios ambientais contemporâneos.

Desta forma, de todo o coração e em nome dos colegas da Comissão de Epidemiologia, da Comissão Científica e da Comissão Organizadora Local, convidamos a tod@s para o 12º Congresso Brasileiro de Epidemiologia. Esperamos vocês de braços abertos!

Viva o EPI-RIO! Viva a ABRASCO! Viva o SUS!


Claudia Leite de Moraes e Enirtes Caetano

Presidentes do 12º Congresso Brasileiro de Epidemiologia







"Os últimos anos representaram uma aproximação, sem precedentes, dos mais diversos segmentos das populações ao mundo da Epidemiologia. A experiência de viver uma crise sanitária da dimensão da pandemia de Covid-19 em um contexto de intenso desenvolvimento tecnológico, no qual a comunicação atravessa os segundos e chega a todos os cantos e recantos do país, deu grande visibilidade ao trabalho dos epidemiologistas. Assim, observou-se ampla disseminação de seus termos e conceitos, suas ferramentas de trabalho, sua lógica de raciocínio, e seu foco nas populações. A complexidade de processos de coleta dos dados até sua transformação em informação foi acompanhada cotidianamente e permitiram a popularização (...)"

Tânia Maria de Araújo
Presidente da Comissão Científica



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Epidemiologia e a complexidade dos contextos sanitários – 12º EPI

Os últimos anos representaram uma aproximação, sem precedentes, dos mais diversos segmentos das populações ao mundo da Epidemiologia. A experiência de viver uma crise sanitária da dimensão da pandemia de Covid-19 em um contexto de intenso desenvolvimento tecnológico, no qual a comunicação atravessa os segundos e chega a todos os cantos e recantos do país, deu grande visibilidade ao trabalho dos epidemiologistas. Assim, observou-se ampla disseminação de seus termos e conceitos, suas ferramentas de trabalho, sua lógica de raciocínio, e seu foco nas populações. A complexidade de processos de coleta dos dados até sua transformação em informação foi acompanhada cotidianamente e permitiram a popularização dos modos de representação de dados por meio de gráficos e tabelas, de indicadores epidemiológicos como incidência, mortalidade, letalidade, R0; de conceitos como epidemia/endemia/ pandemia, risco e transmissão, entre outros.

Este processo decorreu, sobretudo, de uma atuação muito viva de toda a comunidade de epidemiologistas no país. A Epidemiologia Brasileira, inventiva, criativa, vigorosa e comprometida, mostrou seu valor e assumiu, nas mais diferentes frentes de trabalho, nos mais variados territórios, sua grande capacidade de contribuir para a manutenção da vida, para a promoção da saúde, para a produção de informações tempo-oportunas e de evidências, solidamente amparadas, dos determinantes sociais dos processos saúde-doença, oferecendo insumos valorosos para a orientação e avaliação da implementação de ações e políticas de saúde.

A exigência de diagnósticos situacionais adequados e oportunos, a demanda por conhecimentos multidisciplinares, e a necessidade premente de soluções em intervalos de tempo muito restritos foram respondidos por uma onda impulsionadora de trabalho coletivo: inúmeras redes de pesquisas se formaram ou se ampliaram - um país continental foi transposto pela capacidade do campo de juntar esforços em todas as regiões do país na busca das melhores respostas aos múltiplos e complexos desafios apresentados pela pandemia. Certamente, uma longa trajetória de trabalho cooperativo do campo da saúde coletiva no Brasil, no qual a ABRASCO tem papel crucial, foi um facilitador das articulações estabelecidas. Assim, essa tradição de parcerias aliado ao uso amplo das tecnologias de informação - rapidamente incorporado ao nosso cotidiano laboral – inaugurou, ou ampliou em grande escala, as novas formas de trabalho: a criação de redes e de observatórios nacionais e internacionais foi viabilizada pelo trabalho remoto; o compartilhamento de dados e informação se tornou mais frequente e sem barreiras geográficas.

As respostas foram dadas com criatividade, inovação, compromisso social e muita, muita dedicação, energia e desejo de, efetivamente, garantir o direito à saúde a toda a população brasileira, como impresso na nossa Constituição Federal.

Neste momento, vivenciamos uma epidemia de dengue de ampla abrangência. Essa epidemia revela mais uma faceta da complexidade dos cenários sanitários atuais. Os eventos de saúde evidenciam, de forma cada vez mais clara e irrefutável, que a crise climática, sempre esperada para o futuro, já é o nosso presente. As mudanças climáticas operam alterações em eventos meteorológicos que impactam na dinâmica ambiental e interferem fortemente na ocorrência, frequência e magnitude de eventos extremos, como secas, inundações e ondas de calor. Estes eventos, por sua vez, impactam na proliferação de vetores e ampliam a presença de doenças em períodos não previstos ou em áreas previamente não afetadas, com especial carga sobre as populações mais vulnerabilizadas. Essas situações desafiam a nossa capacidade de orientar ações oportunas de prevenção e de mitigação, exigindo a constituição de novas capacidades de resposta imediata, de previsão e antecipação de eventos inusitados. Capacidade que evoca reinvenção, criatividade e aprimoramento.

Chegamos ao 12º EPI, com o legado de um vasto contingente de experiências, que segue se desenvolvendo, e com muitos desafios. Desafios da complexidade dos distintos perfis de morbimortalidade e de agravos do país, das gigantescas diferenças sociais que se refletem na sobreposição de vulnerabilidades, afetando as populações mais pobres, negras e indígenas. No Congresso, teremos a oportunidade de debater esses desafios, conhecer e discutir experiências de implementação de ações e programas, identificar lacunas e acessar novos conhecimentos para ampliarmos, em conjunto, horizontes para a superação desses problemas.

Atenta a esses desafios, a Comissão Científica inseriu um novo eixo para o Congresso “Emergências em saúde pública, questões climáticas globais e modelos de produção”. Como eixo inaugural, incluirá um conjunto de atividades que buscarão discutir aportes teóricos e práticos de pesquisas epidemiológicas voltadas ao preenchimento de lacunas relacionadas às mudanças climáticas, suas relações com o trabalho humano e os processos produtivos, bem como seus impactos na saúde e nas emergências em saúde pública.

Outro eixo que reforçaremos nesse Congresso será o das “Interfaces com a sociedade: informação, educação e comunicação em saúde”. Com as rápidas e contínuas mudanças comunicacionais contemporâneas, a translação do conhecimento produzido ganha relevo e deverá ter atenção especial.

Além desses eixos recentemente introduzidos, compromissos históricos da Epidemiologia Brasileira permanecerão estruturando nossas atividades, por meio dos eixos “Desafios e avanços teóricos e metodológicos”, “Vigilância em saúde: inovação, informação e ação”, “Desafios na formação em Epidemiologia”, “Sustentabilidade, disseminação e integridade em pesquisa”, “Abordagens inovadoras em estudos epidemiológicos com foco em problemas de saúde e grupos populacionais específicos” e “Determinação Social do Processo Saúde-Doença em contextos de vulnerabilidade ampliada”.

A Comissão Científica está empenhada em elaborar um programa que fortaleça nossas atividades cotidianas e possibilite que a pluralidade, diversidade e o compromisso da Epidemiologia com o combate às desigualdades em saúde sejam preponderantes.

Desejamos que o formato presencial de nosso Congresso propicie espaços de prazerosos encontros e intensas trocas que ajudem a renovar propósitos e esperanças, areje nossas mentes e nos traga grandes alegrias por estarmos reafirmando os passos de nossos mestres e mestras inspiradores(as): construindo e desenvolvendo, coletivamente, a Epidemiologia Brasileira.

Este Congresso é de e para todos, todas, todes nós!

Sediado na cidade do Rio de Janeiro, a cidade maravilhosa, potência cultural de alma cosmopolita, expressão da diversidade social brasileira, com seu Cristo Redentor de braços abertos, o 12º EPI (EPI-RIO) espera por você!



Tânia Maria de Araújo

Presidente da Comissão Científica

Local do Evento Em breve.


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